“Para enxergar claro basta mudar a direção do olhar.”
Antonie Saint-Éxupery

Quase encerrando março e com ele o mês da Mulher.

A Páscoa chegando… tempo em que celebramos a ressureição de Jesus, fundamento da fé cristã.

Políticos corruptos, falta de emprego formal (mesmo com reaquecimento da economia), guerra entre facções, precariedade nas relações sociais e desrespeito. Nos assustamos com o que vemos.

Para onde dirigimos nosso olhar? Será que estamos nos dando conta de que aquele morador de rua está com fome e dores no corpo? Será que temos consciência do uso abusivo da água e inconsequente dos recursos naturais?  E que a cada dia exigimos mais da natureza, tirando a liberdade e direito à vida de diversos animais?

Os poetas há muito tempo anunciam uma nova maneira de enxergar o mundo. A inteligência convencional não tem sobre si o encargo de explicar os procedimentos humanos, principalmente, os advindos de sentimentos. A Inteligência Emocional nos traz um novo conceito do que é ser Inteligente, redescobrindo, desta forma, os valores do coração.

Os símbolos da Páscoa representam esperança e renovação nas antigas comemorações.

O coelho reflete a esperança e fertilidade; os ovos de páscoa representam o nascimento e renovação; o peixe retrata a vida; o cordeiro lembra o sacrifício de Cristo para salvar a humanidade (nas crenças dos cristãos e judeus); o pão e vinho conceituam a vida eterna associada à ressureição; e o círio pascal o início e o fim, pelas grafias das letras gregas alfa e ômega.

A campanha da fraternidade, promovida, anualmente, pela Igreja Católica Apostólica, neste ano de 2018, tem como lema “Fraternidade e Superação da Violência”. Propõe cessar a violência nas ruas e dentro de casa que se propagam por inúmeros e, banais, motivos: condição social, gênero, etnia, intolerância na divergência de ideias etc.

Infelizmente, não superamos o inaceitável caldeirão da violência ainda. Fechamos o mês da Mulher com a execução da vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco, voz vibrante a favor das mulheres, dos negros, dos homossexuais e dos menos favorecidos socialmente. Março também nos leva Anderson Gomes, motorista de Marielle, que deixa a esposa e o filho de 1 ano. Com eles, outros tantos se foram de forma injusta e cruel.

O que nós podemos fazer para mudar o nosso olhar?

Como nosso comportamento poderá deixar um legado de amor na Terra?

Será que, com nossas atitudes diárias (mínimas e, muitas vezes, invisíveis) temos contribuído para um mundo melhor? E aqui, entende-se por “mundo melhor”, um lugar de respeito e empatia.

Que ações podemos tomar para influenciar da melhor maneira nossas crianças e jovens?

Deixamos todas essas palavras para reflexão e conscientização. Que possamos reconsiderar nosso comportamento e propagar o respeito ao próximo.

Que a fraternidade e a solidariedade estejam presentes todos os dias de nossas vidas.

Paz e Bem!


ISABEL CRISTINA BAPTISTA

Presidente SINSESP

 

 


ANA TERRA VENTURA FONSECA

Secretária Executiva SINSESP